O Brasil não ganhou shows da turnê da Taylor Swift, nem nenhum país da América do Sul. A América do Norte tampouco receberá uma segunda etapa de apresentações, apesar da demanda alta. Mas Taylor tem uma explicação plausível do porquê decidiu encerrar a agenda em 2015, om 85 shows. “Tento me alertar de que algo é precioso, mágico e especial por tempo limitado”, disse, em entrevista ao apresentador Zane Lowe do Beats1 da Apple Music. “E se você explorar ao máximo… Eu não quero que as pessoas pensem ‘saia daqui!’, porque isso acontece, é real. Não vou sentar aqui e dizer que sou imune a pessoas falando ‘ela pode parar de fazer essa turnê?’, ‘ela está fazendo mais shows?’, ‘ela não vai parar?’. Algo tão especial quanto isso, só vai continuar sendo especial se for por tempo limitado. Se eu continuasse em turnê nos próximos dois anos, as pessoas falariam ‘sim, eu a vi pela segunda vez no Staples Center [arena de Los Angeles]’. Não! Você põe tudo o que tem nisso, 85 shows, tocar para a mesma quantidade de pessoas se tivéssemos feito 200 shows em arenas. As pessoas fizeram dos shows muito especiais e quero guardar isso”.
Taylor segue um ditado da indústria da música, que diz que toda turnê dura duas semanas, independente do tempo que ela realmente dure. Quer dizer que, depois de um tempo, a animação e excitação acaba passando. “Eu não cheguei a esse ponto com a turnê, e fico muito feliz, porque, quando você continua com uma coisa por muito tempo, acaba não gostando daquilo que amava. E o que eu amo é que estamos chegando ao fim da turnê e eu ainda amo. Por isso, é a hora perfeita de terminá-la”. Para comemorar, ela está lançando na Apple Music, neste domingo (20/12), a gravação audiovisual da turnê, com grande parte dos convidados especiais que ela recebeu.
A “1989 World Tour” começou no Japão em maio e passou pelos Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Holanda, Escócia, Inglaterra, Irlanda, Singapura, China e Austrália. Arrecadou US$ 250 milhões em venda de ingressos – quarto maior faturamento de turnê de uma cantora, atrás apenas de Madonna (com duas turnês) e Celine Dion. Taylor está feliz que os fãs de todo o mundo, que não puderam assistir ao vivo, vão poder finalmente ver a gravação do show em alta qualidade.
Como se sabe, a equipe da americana passou grande parte do ano solicitando ao Youtube que deletasse vídeos da turnê feitos por fãs. Taylor acredita que isso estraga o “efeito surpresa” de quem vai assistir pessoalmente: já sabe a setlist, os figurinos, as coreografias, tudo que vai ver. Por isso, ela teve a ideia de convidados especiais sempre que possível: assim, ninguém saberia o que veria, e sempre seria surpreendido. Ela mesma foi surpreendia várias vezes. Uma das participações que aparecem no material lançado na Apple Music é do Mick Jagger: o vocalista dos Rolling Stones acertou sua participação na véspera, depois de uma mensagem dela.